Eu fui lá e fiz tudo-o-que-deveria-ter-sido-feito. Mas, mesmo assim, não deu certo. O “resultado” não foi o “esperado”. Eu pensei, ponderei, e, mesmo assim, cheguei no “contrário”. E agora? Como será que devo seguir a diante? Fazer o que é melhor para mim ou seguir tudo isso que estão me sussurrando nos ouvidos?
Desculpem-me, senhores. Mas, o meu caminho sou eu quem traça, vocês gostando ou não. Afinal, não estou aqui para agradar, mas apenas quero escrever a minha história. E, agora não posso parar. Estão vendo todos esses caminhos na minha frente? Eu ainda preciso escolher um, e, mais difícil, tenho que traçá-lo. E vocês ainda querem me dizer o que é “certo” e o que é “errado” antes que eu mesmo possa chegar lá? Quanta pretensão têm vocês, não? Será que é tão difícil de entender que eu ainda não posso abraçar as respostas se não tive se quer tempo de formular as perguntas?
O meu caminho traço eu. E, por favor, deixem-me sofrer o desgosto das minhas derrotas. Não berrem sobre obstáculos se eu nem mesmo posso ouvi-los! As vitórias serão minhas. E, pasmem, as derrotas serão curtidas no silêncio das suas gritarias. Enquanto vocês estarão comemorando as suas alegrias, eu estarei vivendo dos meus erros.
Por mais que vocês acreditem no contrário, eu hei de ser os meus próprios tropeços. Dançarei sobre eles, levantarei meus braços pra dizer “esse sou eu”. Gostem os senhores ou não, é assim que será, até que eu ache que não deva mais ser. Essa metamorfose ambulante jamais fechará os olhos pra realidade, mas tampouco dará ouvidos a essa verdade pronta e engarrafada.
Eu chegarei lá, mesmo que tenha que trilhar o caminho da mentira. E ainda que seja necessário deixar restos de dor pelos cantos.
Aquietem-se aí fora. A minha verdade é construída aqui dentro.